quinta-feira, 20 de setembro de 2012

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OBESIDADE INFANTIL, HIPERCOLESTEROLEMIA E PROBLEMAS NO CORAÇÃO

A saúde na infância reflete como serão depois de crescidos.  Estudos indicam que a obesidade infantil está cinco vezes maior do que há vinte anos, que cerca de 15% das crianças e 8% dos adolescentes são obesos e também que 8 em cada 10 continuam a ter excesso de peso na fase adulta. O bom é que nessa faixa etária, o problema ainda é reversível, mas é necessária participação diária dos pais. Atualmente, uma das preocupações da obesidade infantil é o elevado nível de colesterol no sangue das crianças e adolescentes, a chamada Hipercolesterolemia, pois é conhecido que nos adultos o colesterol alto indica maior risco de desenvolver aterosclerose (placas de gordura que leva ao entupimento das artérias) aumentando o risco de doenças cardiovasculares como o infarto do miocárdio e ao acidente vascular cerebral, conhecido popularmente como “derrame”.
Estudos recentes relatam que crianças com Hipercolesterolemia já apresentam sinais de inflamação nos vasos sanguíneos, reforçando a importância do controle de peso na infância.
A Hipercolesterolemia é uma condição que se caracteriza pela presença de taxas elevadas de colesterol no sangue, bem acima dos 200 mg/decilitro, o que afeta um quinto da população brasileira, especialmente as pessoas com mais de 45 anos, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia.
Ocorre que essa substância é transportada por lipoproteínas principalmente de baixa (LDL) e de alta (HDL) densidade. O problema está nas de baixa densidade (LDL), que levam o colesterol para a circulação e permitem que ele se deposite nas artérias por isso, são conhecidas como “colesterol ruim”. As lipoproteínas de alta densidade (LDL), ao contrário, têm um efeito protetor sobre a saúde cardiovascular, pois carregam o colesterol para fora das artérias daí porque são tidas como “colesterol bom”. Por haver essa diferença, o controle e o tratamento da hipercolesterolemia visam não apenas à redução dos níveis totais da substância no sangue, que são formados pela soma dos valores de LDL e HDL, mas a uma proporção saudável entre as duas frações, de forma que haja menos colesterol ruim e mais colesterol bom.
Pode também ocorrer uma predisposição genética, ou seja, da herança de alterações nos genes que interferem no metabolismo de gorduras, associada a uma vida sedentária e a uma alimentação pouco saudável, com a ingestão farta e freqüente de gordura animal e do tipo trans, presente em margarinas, biscoitos, salgadinhos, fast-food e diversos outros produtos industrializados. Algumas doenças também causam níveis elevados de colesterol, a exemplo do hipotiroidismo, da insuficiência renal e de problemas no fígado.
Tratamento e prevenções
O tratamento combina reorientação alimentar, prática regular de atividade física, que é o único método comprovado de elevar os níveis do colesterol protetor e medicamentos.
Algumas pessoas experimentam queda nos níveis totais de colesterol apenas com as mudanças no estilo de vida. Outras, mesmo com dieta e atividade física, não conseguem apresentar melhora significativa por conta da forte predisposição genética, precisando dos fármacos. A prescrição dos medicamentos, porém, varia conforme a idade do indivíduo e a presença de outros fatores de risco para doenças cardiovasculares.
Independentemente de ter história de parentes com colesterol elevado e com doenças cardiovasculares na família, toda pessoa deve manter uma alimentação saudável desde os primeiros anos de vida, com a ingestão diária de fibras, que ajudam a reduzir a absorção de colesterol pelo intestino, e de gorduras de origem vegetal, sobretudo as monoinsaturadas, como o azeite de oliva, que comprovadamente atuam na redução do LDL da circulação.
As crianças devem limitar o consumo de alimentos voltados ao público infantil que contenham gordura trans, ainda presente em muitas redes de fast-food e em diversos produtos industrializados que na maioria das vezes são pobres em nutrientes e ricos em açúcar, gorduras e sódio.
Sendo assim, é fundamental o controle do peso, dos níveis de colesterol e da introdução de um estilo de vida saudável na infância e adolescência, pois certamente isso refletirá no coração quando chegar na vida adulta.

FONTE:

Equipe de Odontologia da EEFMT Profª Dagmar Ribas Trindade
Dr. Fábio Augusto Baságlia
(CRO-SP: 47327)

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