segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Nossas matérias


Coração X Emoção

Muitas vezes o sujeito que suspeita de problemas cardíacos é submetido a uma série de exames e, ao final destes, o médico cardiologista constata que ele “não tem nada”. O sujeito se pergunta: como eu não tenho nada, se sinto tudo isso? Os sintomas, como palpitação, dores no peito, falta de ar, tonturas e até mesmo desmaio evidenciam que há algo errado. No entanto, esse “algo” não é uma alteração passível de ser observada por meios de exames porque não se situa no âmbito orgânico. Situa-se no âmbito emocional ou ainda na interface entre o psíquico e o somático (orgânico).
Todas as sensações e percepções que sentimos fisicamente são acompanhadas de reações emocionais, assim como o inverso. É fato conhecido de todos que determinados estados emocionais se refletem no corpo pela aceleração dos batimentos cardíacos.
Ainda que os caminhos e os modos através dos quais a emoção repercute no coração continuem discutidos, é sabido que situações geradoras de ansiedade e de estresse estimulam a produção de determinados hormônios e de neurotransmissores que atuam no sistema cardiovascular, com aumento dos batimentos cardíacos, elevação da pressão arterial, entre outros sinais e sintomas. 
Essas reações ocorrem também em animais, uma vez que o processo emocional exerce fundamentalmente uma função informativa ou sinalizadora das experiências que ele vive, revelando as possíveis ameaças à sua sobrevivência. Dessa forma, um animal que viva uma experiência ameaçadora reage fisiologicamente, apresentando respostas rápidas e preparando seu corpo para correr ou lutar. Nessa situação as sensações desagradáveis são associadas ao agente causador da ameaça, de forma que ele aprenda a evitar situações semelhantes no futuro.
No ser humano, por acréscimo, existem ainda outros aspectos. Um deles se refere à capacidade que o humano tem de colocar os sentimentos em palavras, ou seja, relatar sua experiência emocional e representá-la psiquicamente por meio de símbolos (palavras). E outro, não menos importante, é o fato do mundo psíquico humano abrigar além das memórias de experiências reais, também todo um conjunto de situações imaginárias, muitas delas como ameaças inconscientes.
Esse mundo interno, imaginário, passa a ser também uma fonte de estímulos, informações e solicitações que se somam às do ambiente, podendo se constituir em um arcabouço de satisfações ou de ameaças, conforme a associação feita durante as experiências passadas, principalmente as infantis. Dessa foram, diante de sintomas de cardiopatias que não são acompanhados por alterações orgânicas, o que se entende por “não ter nada” é não ter algo físico, mas sim, estar apresentando reações frente às emoções, de forma que, descartada a presença de alterações orgânicas o tratamento indicado é a psicoterapia, na qual o sujeito passa a dar novos significados às suas experiências e emoções, de forma a poder modificar a reação subseqüente, frente às ameaças reais ou imaginárias, bem como acessando alguns conteúdos inconscientes que estão por trás de tais processos.


Equipe de Enfermagem do ITB Prof. Moacyr Domingos Sávio Veronezi
João Batista Pereira Nunes (COREN: 695.354)

Um comentário:

Sara disse...

É importante para a saúde e comer alimentos nutritivos como frutas, verduras, laticínios, etc. Mas não apenas para proteger o coração, mas também para todo o corpo, incluindo a saúde oral. Os dentes são uma parte muito importante do corpo, dentistica restauradora ajuda a restaurar dentes que caem