quinta-feira, 19 de abril de 2012

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Os Riscos do Uso Incorreto de Fones de ouvido

Ouvir música é um hábito que causa prazer para a maioria das pessoas. A música relaxa, diverte e distrai em meio a tantas situações estressantes do dia a dia e por isso muitas pessoas usam  e abusam dos aparelhos portáteis com fones de ouvido.
Entretanto, a perda auditiva, zumbido e a dificuldade de compreender o que está sendo falado em uma conversa são as consequências mais perigosas do uso excessivo dos fones de ouvido. O volume do som e o tempo de utilização são os principais fatores que estão relacionados aos problemas auditivos.
A longo prazo, o hábito causa danos irreversíveis aos ouvidos. Além disso, os fones criam uma espécie de isolamento acústico, que não permite o usuário ouvir os sons a sua volta, aumentando os riscos de acidentes devido à falta de atenção. Independente do modelo seja o de inserção (que são colocados dentro da orelha) ou o de concha, o abuso na utilização dos fones prejudica a audição de forma lenta e progressiva. O indivíduo vai perdendo a capacidade de ouvir aos poucos, sem perceber. Como os sintomas diretamente ligados a audição surgem apenas quando o problema já está avançado, o tratamento não consegue reverter os danos. Dores de cabeça, insônia e até aumento da pressão podem sinalizar que o corpo está em uma situação de estresse causada pelo excesso de ruído.
A Sociedade Brasileira de Otologia afirma que 20% da população sofrem com problemas de zumbido o que, no Brasil, significa cerca de 30 milhões de pessoas. Segundo a Organização Mundial da Saúde, em 5% dos casos o problema foi causado pelo mau uso desses aparelhos.
Um sintoma de que algo não vai bem com seus ouvidos (além de zumbidos) é a dificuldade de se entender o que as pessoas falam, ou não ficar satisfeito com o volume de uma música mesmo já estando em um volume alto. As freqüências que captam os sons agudos (de 3 a 6 KHz) são mais frágeis por isso, em geral, a perda de audição afeta primeiro a percepção dos agudos.
A perda auditiva pode ser transitória ou contínua quando se trata do volume muito alto da música. Exemplos simples de perda transitória são aquelas pessoas expostas por certo tempo em ambiente fechado ou aberto com volume excessivamente alto, como são os casos de casas noturnas e shows. Essas pessoas poderão sofrer com a perda temporária da audição, voltando depois. Ainda assim é importante alertar para que façam exames periódicos e um repouso auditivo. Já no caso da perda contínua, e essa é a mais grave, pois não há recuperação da audição.
Sendo assim, para ouvir música com fones de ouvido sem causar danos à audição o recomendado é ir até no máximo 60% da capacidade de volume do aparelho por no máximo 1 hora de tempo de exposição, seguido de um período de repouso acústico.
Não é recomendado utilizar os fones em locais barulhentos, como ônibus ou ruas movimentadas, pois nesses ambientes a tendência é aumentar o volume para que o som possa competir com o barulho externo.  O melhor é optar por uso de fones com maior isolamento acústico.
Outra medida também é a de não escutar música com o fone em um único ouvido, pois o hábito pode levar à perda auditiva assimétrica, que se desenvolve gradativamente no decorrer dos anos e que com o tempo pode levar à surdez.
Vários músicos já deram seus depoimentos sobre traumas permanentes em seus aparelhos auditivos, como: Eric Clapton, Phill Collins, Rogério Flausino entre outros…
Sendo assim, evite o uso dos fones de ouvido por longos períodos de tempo e não ouça suas músicas com volume alto.

Fontes:

Equipe de Odontologia da EEFMT Profª Dagmar Ribas Trindade
Dr. Fábio Augusto Baságlia (CRO-SP: 47327)
Dra. Patrícia Fernanda Ramalho Spina (CRO-SP: 80193)
ASB: Raquel Aparecida de Oliveira (CRO-SP: 1583)

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