domingo, 5 de fevereiro de 2012

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AIDS, como tudo começou...

A história da AIDS começou nos Estados Unidos e na Europa, no início dos anos 80, quando várias pessoas apresentaram doenças características de um organismo com o sistema de defesa muito debilitado que, na maioria das vezes, levavam à morte em pouco tempo. No início, como grande parte dessas pessoas contaminadas eram homossexuais, profissionais do sexo e hemofílicos, houve uma assimilação das doenças com estes grupos, surgindo assim a idéia de “grupos de risco”.
Em 1982, este quadro de doenças foi denominado Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA). No Brasil, para não gerar associação com nenhum nome próprio, adotou-se a terminologia em inglês (AIDS).
Hoje, sabe-se que não há grupos de risco e sim ”comportamentos de risco”. Todas as pessoas que assumem comportamentos de risco estão vulneráveis a contrair o vírus HIV, podendo tornar-se portadora do vírus e viver muitas anos sem apresentar sintomas de doenças. Por não ser visível e demorar a se manifestar, o(a) portador(a) poderá estar contaminando outras pessoa sem saber. Ainda hoje, muitas pessoas se consideram imunes por não fazerem parte do “grupo de risco”. Esse pensamento, além de demonstrar uma compreensão errada sobre a AIDS, reforça o preconceito, um dos grandes problemas ao se falar de combate à transmissão.
A fase da adolescência é a mais vulnerável a adquirir a AIDS, das seis mil novas pessoas infectadas diariamente, metade está entre os 15 e 24 anos. Esta vulnerabilidade é ampliada pelas características específicas desta fase. Muitos obstáculos culturais e emocionais se colocam no caminho da prevenção, dentre estes podemos citar:
  • Mito da fidelidade:
É comum os(as) adolescentes, após estabelecerem um vínculo afetivo mais duradouro, deixarem de adotar o uso de preventivo.
  • Sentimento de onipotência:
É comum entre os(as) adolescentes um sentimento de onipotência que os(as) leva a imaginar que podem tudo e estão imunes à qualquer perigo. Esta visão faz com que deixem de adotar comportamentos preventivos.
  • Idealização/Amor Romântico:
No auge da paixão ou do envolvimento sexual, o(a) adolescente idealiza seu companheiro ou companheira, imaginando-o maravilhoso, saudável, perfeito e assim acredita que não ocorre riscos.
  • Rejeição e desconfiança:
Propor o uso da camisinha entre os parceiros pode provocar o sentimento de desconfiança e levantar a suspeita de que o(a) outro(a) esteja contaminado(a), ou traindo. Por não ser fácil este diálogo, muitos preferem não conversar sobre o tema.
  • Inibição:
Nem sempre é fácil conversar sobre sexo, pois isso envolve tornar claro o próprio desejo. A discussão sobre métodos anticoncepcionais ou a necessidade de introduzir o uso da camisinha num relacionamento sexual torna-se constrangedora.
Neste contexto, são necessárias ações que possibilitem mudanças de comportamento e a adoção de medidas preventivas contra a AIDS desde cedo.


Equipe de Fonoaudiologia ITB Brasílio Flores de Azevedo
Fga. Camila Peres Passos (CRFa: 16867)

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